Seis semanas de queda consecutiva, EUR/USD pronto para uma recuperação?

Na semana passada (21 a 25 de agosto), o índice do dólar americano subiu 0,68%, marcando seu sexto ganho semanal consecutivo. A maioria das moedas não americanas caiu, com a libra esterlina se desvalorizando em 1,2%, registrando a maior queda.

【Fonte: MacroMicro；Date2023/8/21-2023/8/25】

【Fonte: MacroMicro；Date2023/1/1-2023/8/25】

Na semana passada, o euro/dólar caiu 0,68%, marcando sua sexta queda semanal consecutiva. Os principais motivos para isso foram os dados econômicos relativamente fracos da zona do euro e o discurso hawkish de Powell no Simpósio Jackson Hole.

Os dados revelaram que o PMI Composto preliminar da zona do euro em agosto foi de 47, abaixo do esperado, atingindo um novo mínimo desde maio de 2020. O PMI de serviços preliminar caiu inesperadamente para 48,3 em relação ao valor anterior de 50,9, entrando no território de contração pela primeira vez este ano.

Da mesma forma, os dados do PMI nos Estados Unidos também enfraqueceram, com um PMI composto preliminar registrando 50,4, atingindo um novo mínimo desde fevereiro deste ano. Entretanto, em comparação com a zona do euro, a economia geral dos EUA continua relativamente forte.

【Fonte：MacroMicro 】

Após a divulgação dos dados, as expectativas do mercado para um aumento da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) no próximo mês diminuíram significativamente, com a probabilidade de um aumento de 25 pontos-base em setembro caindo de cerca de 80% no início da semana para aproximadamente 40%.

Enquanto isso, no Simpósio de Jackson Hole, Powell enviou um sinal hawkish, sugerindo a possibilidade de mais aumentos nas taxas. Isso aumentou as expectativas do mercado em relação a outro aumento das taxas pelo Federal Reserve no decorrer do ano, fazendo com que os rendimentos dos títulos dos EUA aumentassem e ampliando o spread de rendimento entre a Alemanha e os EUA, o que posteriormente levou à queda do euro.

【Fonte: MacroMicro】

Analista Mitrade：

As mudanças nas expectativas de aumento das taxas de juros pelos bancos centrais da Europa e dos Estados Unidos, bem como o desempenho relativo de suas economias, são fatores-chave que influenciam a taxa de câmbio euro/dólar. Preste atenção à divulgação dos dados da folha de pagamento não agrícola de agosto dos EUA e dos dados de inflação dos EUA e da zona do euro nesta semana. Se os dados de emprego e inflação dos EUA diminuírem, o ímpeto de alta do dólar diminuirá, e há a possibilidade de uma recuperação da taxa de câmbio euro/dólar.

De uma perspectiva técnica, o euro/dólar caiu para cerca da média móvel de 200 dias, em 1,08. Se o preço cair abaixo de 1,076, o euro pode cair ainda mais, com suporte visto na baixa anterior de 1,07. No entanto, considerando que o indicador RSI já está se aproximando da zona de sobrevenda, há uma maior probabilidade de uma recuperação de curto prazo do euro/dólar, com a resistência sendo vista em 1,09.

【Fonte：TradingView】

Na semana passada, o USD/JPY inicialmente caiu e depois se recuperou, fechando com um ganho de 0,7%. A valorização do iene foi impulsionada principalmente pelo sentimento de porto seguro, enquanto sua desvalorização se deveu principalmente a um dólar americano mais forte e a dados de inflação abaixo do esperado.

Os dados mostram que o IPC de Tóquio em agosto aumentou 2,9% em relação ao ano anterior, ficando abaixo das expectativas. O núcleo do IPC, que exclui alimentos frescos, aumentou 2,8% em relação ao ano anterior, marcando a primeira queda abaixo do limite de 3,0% desde setembro de 2022. O núcleo do IPC, excluindo alimentos frescos e energia, aumentou 4%.

【Fonte：MacroMicro】

Os dados de inflação abaixo do esperado sugerem que o mercado pode perceber que a normalização da política monetária pelo Banco do Japão está mais lenta. Enquanto isso, o Presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, expressou opiniões hawkish no Simpósio Jackson Hole, aumentando as expectativas de aumento da taxa de juros dentro de um ano e fazendo com que o índice do dólar americano subisse 0,2%, impactando consequentemente o iene.

Kazuo Ueda, o Governador do Banco do Japão, que participou do Simpósio de Jackson Hole, declarou que o ritmo de crescimento dos preços no Japão permanece abaixo da meta do banco central e, portanto, o Banco do Japão continuará implementando sua atual política monetária ultrafrouxa.

Analista Mitrade：

Sob o tom hawkish do Federal Reserve e a postura dovish do Banco do Japão, há uma resistência significativa para que o USD/JPY se mova para baixo. As atenções estão voltadas para os dados da folha de pagamento não-agrícola dos EUA, a serem divulgados nesta sexta-feira, já que um resultado mais fraco do que o esperado pode potencialmente levar a uma ligeira queda no USD/JPY.

Do ponto de vista técnico, o USD/JPY já subiu para cerca de 146,50, o nível mais alto deste ano. Se conseguir efetivamente romper esse nível-chave, é provável que o USD/JPY continue subindo, com a próxima resistência em 147,4. Por outro lado, se não conseguir ultrapassar esse nível, a probabilidade de um recuo aumenta, com o suporte visto na média móvel de 21 dias de 144,5.

【Fonte：TradingView】